Quando comecei a trabalhar com moda, eu queria criar coisas incríveis. Queria causar. Queria chocar. Queria as palmas que receberam os grandes estilistas da história.
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Mas o tempo passa, as marteladas amaciam a carne, o ego encolhe e as coisas tomam seu lugar. Com o tempo, fui encontrando o que realmente me movia, e essa motivação se mostrou bem menos glamurosa.
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A Mínima tem seu público, conversa com ele e cada vez mais ele responde. Não só com “nossa, que linda essa roupa!”, mas principalmente com “nossa, eu estava precisando demais de uma peça assim!”. E quanto mais ouvimos o que as pessoas precisam, mais conseguimos entregar roupas que sejam úteis, que sejam compras pensadas e felizes. Não que não seja o máximo criar algo arquitetônico. Mas não é o que buscamos.
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Hoje, como estilista, me considero mais curadora do que criadora. As mangas, decotes, detalhes, tecidos e cores já existem. Combiná-los e recombiná-los para atender à necessidade de quem nos acompanha é a arte. E, no final, não existe arte mais especial do que servir!