Existe aquela frase batida (embora genial) que diz que “as melhores coisas da vida não são coisas” (o autor: Art Buchwald). Um dia, meu pai transformou um criado-mudo velho em um fogão de brinquedo. Ele deve ter gastado uns poucos R$20,00 para fazer o esquema todo, e algumas horas da tarde de sábado. Para mim, era o fogão mais maravilhoso do mundo.
Já há algum tempo, as meninas da @oficinadeestilo escreveram um post fantástico sobre como ir ao shopping (fazer compras) não deveria ser considerado uma forma de lazer. Comprar é algo necessário, e talvez por isso seja naturalmente prazeroso. É bom completar materialmente faltas materiais! Mas comprar pode se tornar algo artificialmente prazeroso, quando passa a completar faltas que não são materiais: tristeza, ansiedade, baixa auto-estima, para compensar ausências, para amenizar excessos, para preencher vazios...E é aí que nasce o “comprar por lazer”, e surgem também as milhões de coisas que nós “precisamos”, mesmo que no fundo saibamos que não precisamos taaanto assim…
No fim....
As melhores coisas da vida não são mesmo coisas. E se buscarmos dentro de nós essas melhores coisas, elas provavelmente vão estar ligadas a cheiros, a conversas, a brincadeiras, ao tempo que passamos com alguém. Estamos cheias de crianças à nossa volta e seria legal se pudéssemos dar a elas, e de volta a nós mesmas, a chance de recordar para sempre de algo fantástico que custou quase nada, só um tempo. Um sorriso, olha só, não é caro!