Há pouco tempo, pesquisando cortes de cabelo, encontrei um post de blog que dizia assim: “Cabelos ondulados são tendência em 2017”. Bastante comum esse tipo de conteúdo, mas no dia me incomodou. Me lembrei de quando era adolescente e a “tendência” eram cabelos muito muito lisos (oi, escova japonesa!), e eu sofria muito porque aquela tendência me excluía definitivamente. Lembrando disso, pensei: “Mas, peraí! Tipo de cabelo é característica genética! Não poderia ser tendência!”. Isso parece tão absurdo, e ao mesmo tempo nos passa de forma tão natural!
Característica genética não deveria ser tendência. E só é porque olhamos para a grama do vizinho e achamos mais verdinha que a nossa. Daí o mercado, que nunca dormiu em nenhum ponto, oferece várias alternativas para atender à nossa vontade de modificar nossa grama. Tirar, por, aumentar, diminuir, fazer crescer, fazer secar, alisar, cachear… Uma lista infinita de produtos e procedimentos para tentar reverter o “problema”.
Mas, ó. A gente tem que estar bem! E se isso inclui corrigir algo que incomoda muito, amém! Nessas horas, podemos ser amigas do mercado e usar o que ele oferece de bom. O questionamento aqui é: é realmente um problema?? Porque se for, vale muito a pena. Mas se for uma vontade repentina que surgiu fruto de horas olhando para as lindas do Pinterest, pense de novo. Dali a um tempinho elas mudam de ideia, mudam as fotos, muda a tendência e quem fica somos nós. E se somos cada uma de um jeito, com certeza o plano não era deixar todo mundo igual.”